A partir das últimas evidências, vários fatores de risco modificáveis e estratégias de prevenção para demências foram identificados. Uma revisão abrangente e meta-análise por Jones e colaboradores (2024) sintetizou dados de 45 revisões e 212 meta-análises, identificando 14 fatores de risco modificáveis significativamente associados à demência: consumo de álcool, peso corporal, depressão, diabetes mellitus, dieta, hipertensão, menor educação, inatividade física, perda sensorial, distúrbios do sono, tabagismo, isolamento social, lesão cerebral traumática e deficiência de vitamina D.
Fatores nutricionais e de estilo de vida desempenham um papel crucial na prevenção da demência. Dominguez e colaboradores (2021) enfatizaram a importância da dieta, atividade física, padrões de sono e engajamento social na redução do risco de declínio cognitivo e demência. O estudo FINGER, um grande estudo controlado randomizado, demonstrou que intervenções de estilo de vida multidomínio podem prevenir o declínio cognitivo e funcional em idosos em risco, assim como Yu e colaboradores (2020), que conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de 243 estudos prospectivos observacionais e 153 estudos controlados randomizados, e encontraram os mesmos resultados.
Em resumo, as evidências mais recentes ressaltam a importância de abordar os fatores de risco modificáveis por meio de intervenções no estilo de vida, políticas de saúde pública e gerenciamento precoce para prevenir ou retardar o início das demências