Lesões por Pressão em Pessoas Idosas

Lesões por Pressão em Pessoas Idosas: Causas, Fatores Predisponentes, Incidência, Tratamento e Riscos:

Lesões por pressão, também conhecidas como úlceras de pressão ou escaras, são um problema comum entre pessoas idosas, especialmente aquelas que têm mobilidade limitada ou estão acamadas. Essas lesões são áreas de pele e tecido subjacente danificadas devido à pressão prolongada sobre a pele. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre lesões por pressão em pessoas idosas:

Causas e Fatores Predisponentes:
As lesões por pressão ocorrem principalmente devido à pressão constante em uma área específica da pele, o que reduz o fluxo sanguíneo e causa danos aos tecidos. A vermelhidão na pele já é um indício de pressão excessiva na região. Identificar de forma precoce é crucial para evitar o surgimento da lesão.

Além da pressão, outros fatores predisponentes incluem:

  • Fricção: quando a pele esfrega contra uma superfície, como roupas ou cama, pode causar danos;
  • Umidade: a umidade da transpiração ou incontinência pode enfraquecer a pele e aumentar o risco de lesões;
  • Nutrição inadequada: a falta de nutrientes essenciais enfraquece a pele e o tecido subjacente;
  • Idade: a pele envelhecida é mais frágil e tem menos elasticidade, tornando-a mais suscetível a lesões.

Incidência
A incidência de lesões por pressão é particularmente alta entre a população idosa, especialmente em instituições de cuidados prolongados, como hospitais e lares de idosos. Estudos mostram que entre 5% a 10% dos idosos em hospitais desenvolvem lesões por pressão, enquanto a incidência pode ser ainda maior em lares de idosos.

Tratamento
O tratamento das lesões por pressão envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui:

  • Alívio da pressão: mudanças frequentes de posição e o uso de colchões ou almofadas especiais para redistribuir a pressão;
  • Atenção às transferências: realizar as transferências de forma correta, evitando atrito entre o indivíduo e o lençol/superfície de apoio, bem como entre o indivíduo e seu cuidador, atentando-se aos apoios, além de minimizar traumas durante os deslocamentos;
  • Cuidados com a pele: manter a pele limpa e seca, aplicar hidratantes e usar curativos especializados.
  • Nutrição: melhorar a ingestão de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e minerais, para promover a cicatrização;
  • Tratamento de infecções: uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos se houver infecção;
  • Vestimentas adequadas: dar preferência a roupas sem costuras diretamente em contato com o corpo, evitar zíperes, botões e roupas muito justas.

Porcentagem de Cura
A porcentagem de cura das lesões por pressão varia dependendo da gravidade da lesão, do estado geral de saúde do paciente e da qualidade dos cuidados recebidos. Lesões leves podem curar em algumas semanas com o tratamento adequado, enquanto lesões mais graves podem levar meses para cicatrizar. Estudos indicam que a taxa de cura pode variar de 40% a 70%, dependendo desses fatores.

Riscos de Lesões Mal Cuidadas
Lesões por pressão mal cuidadas podem levar a complicações graves, como:

  • Infecção: Lesões abertas são portas de entrada para bactérias, levando a infecções locais ou sistêmicas;
  • Celulite: Uma infecção bacteriana da pele e do tecido subjacente, causando dor, vermelhidão e inchaço;
  • Septicemia: Uma infecção grave que pode se espalhar por todo o corpo, colocando a vida em risco;
  • Necrose: Morte do tecido devido à falta de fluxo sanguíneo, exigindo intervenções médicas mais agressivas, como a remoção cirúrgica do tecido morto.

O Fisioterapeuta é um dos profissionais capacitados para orientar e treinar familiares e cuidadores quanto aos cuidados durante as transferências, posicionamentos e deslocamentos desses indivíduos. Além disso, a fisioterapia promove maior mobilidade nesses indivíduos, o que, por si só, já é um fator preventivo.

Portanto, a prevenção e o tratamento adequado das lesões por pressão são cruciais para manter a saúde e a qualidade de vida das pessoas idosas.

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A Demência Frontotemporal (DFT) é uma doença neurodegenerativa que afeta os lobos frontal e temporal do cérebro, responsáveis por processos como comportamento, personalidade, linguagem e movimento. Ao contrário da doença de Alzheimer, que é mais conhecida, a demência frontotemporal é menos prevalente, mas causa um impacto significativo na vida dos pacientes, especialmente os idosos. Leia mais aqui.


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