A violência contra a pessoa idosa é uma questão preocupante e crescente no Brasil. Entre 2020 a 2023, foram 408.395 mil notificações. Existem diferentes tipos de violência que afetam os idosos, sendo as mais comuns: física, psicológica, sexual, financeira e a negligência. Cada uma dessas formas de violência tem impactos profundos e duradouros na saúde e no bem-estar das pessoas idosas.
A violência física envolve agressões como empurrões, socos e até mesmo uso de objetos para causar dor ou ferimentos. Esse tipo de violência é frequentemente acompanhado por marcas visíveis, como hematomas, fraturas e cortes. A violência psicológica, por sua vez, inclui insultos, humilhações, ameaças e isolamento social, causando danos emocionais e psicológicos graves, como ansiedade, depressão e sentimento de inutilidade.
A violência sexual contra pessoas idosas é um assunto delicado e muitas vezes subnotificado. Esse tipo de violência envolve qualquer ato de natureza sexual cometido contra uma pessoa idosa sem seu consentimento. Já a violência financeira ocorre quando há exploração econômica da pessoa idosa, como apropriação indevida de seus bens, dinheiro ou propriedades, e a manipulação de documentos e contas bancárias.
A negligência, outro tipo comum de violência, refere-se à falta de cuidados básicos necessários para a saúde e bem-estar dessa população, incluindo alimentação adequada, higiene, cuidados médicos e condições de moradia seguras. A negligência pode ser praticada tanto por familiares quanto por cuidadores profissionais.
Dados indicam que o gênero mais atingido pela violência contra pessoas idosas é o feminino, correspondendo a 70% dos casos. As mulheres idosas são mais vulneráveis a diferentes formas de violência, incluindo a doméstica, que muitas vezes é perpetrada por membros da própria família. Essa vulnerabilidade é amplificada por fatores como dependência financeira, isolamento social e falta de acesso a redes de apoio.
Para prevenir a violência contra a pessoa idosa, é essencial adotar uma abordagem multifacetada. Algumas medidas preventivas incluem:
- Educação e conscientização: campanhas educativas para sensibilizar a sociedade sobre os direitos das pessoas idosas e os sinais de violência;
- Rede de apoio: fortalecimento das redes de apoio e dos serviços de assistência social e de saúde, incluindo linhas de denúncia anônimas;
- Capacitação de cuidadores: treinamento de cuidadores para proporcionar cuidados adequados e respeitosos as pessoas idosas;
- Políticas públicas: implementação e fortalecimento de políticas públicas que promovam a proteção e o bem-estar das pessoas idosas;
- Empoderamento dos idosos: promoção da autonomia e independência dos idosos, incentivando a participação ativa na sociedade e a manutenção de uma vida social saudável.
A proteção das pessoas idosas é um dever de toda a sociedade, e a prevenção da violência é fundamental para garantir uma vida digna e segura para essa população tão importante.
Qualquer profissional de saúde pode preencher uma Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal. A ficha não configura uma denúncia – que pode ser feita em uma delegacia, se for o caso – mas as informações ajudam os trabalhadores da rede no acolhimento da pessoa idosa.
Ao sofrer ou presenciar um episódio de violência contra a pessoa idosa, busque ajuda:
- Unidades Básicas de Saúde
- Delegacias
- Disque 100 (Direitos Humanos) ou acesse aqui.
- 190: Polícia Militar
- Ministério Público
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Hipertensão, diabetes, artrite e problemas cardíacos são exemplos de condições que demandam cuidados regulares, e a correta administração dos remédios é essencial para o sucesso do tratamento. No entanto, a gestão das medicações em idosos pode ser desafiadora e requer atenção especial. Leia mais aqui sobre a importância do Controle da Medicação para a Pessoa Idosa.